A governança deve ir além da internet, englobando todo o mundo o digital. Foi isso que defendeu Virgílio Almeida, professor associado do Berkman Klein Center da Harvard University, durante o painel “Multissetorialismo e processo deliberativo: inclusão, representatividade e democracia”, realizado virtualmente no Seminário Internacional de Governança da Internet, promovido pela Escola de Governança da Internet (EGI), iniciativa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).
Almeida, que foi Secretário Nacional de Políticas de Tecnologia da Informação do governo brasileiro e Coordenador do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), colocou que a grande questão é como governar tecnologias digitais baseadas em pilares como respeito aos direitos humanos, leis internacionais e disponibilidade. Ele apresentou o conceito de governança digital que vai além de governança da internet.
Segundo explicou, a governança digital é a capacidade de instituições policentradas no mundo digital de governar de uma legítima e segura maneira; é o uso de bens comuns digitais para produzir serviços sustentáveis e políticas públicas implantadas pelos governantes e empresas de uma forma não territorial e baseada em resultados.
Dentro de uma visão holística, a governança digital engloba aspectos como cibersegurança, governança de dados, governança da internet, plataforma digital, entre outros. “Governança para o mundo digital não é apenas sobre regulamentações, mas envolve atores, instituições e normas formais e informais, além de decisões conjuntas, transparência, accountability e estruturas coordenadas”, explicou.
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