Publicada em: 09/12/2020 às 10:11
Notícias


Pandemia fez empresas de Internet rever modelo com fornecedores
Roberta Prescott

A pandemia atingiu setor de internet e telecomunicações e como ponta da lança, o provedor Internet precisou e precisa ter o seu link funcionando, além de dar a garantia de que a internet vai funcionar bem 100% do tempo, observou Evandro Varonil, da Abranet, ao abrir o painel “Quando as empresas fazem a diferença para sua Internet funcionar”, durante o Internet Festival, nesta terça-feira, 8/12. 

Carlos Agripino, da Globenet, e Fausto Morales, da Asap, discutiram o papel de fornecedores para o mercado de empresas de internet.  “A primeira coisa que eu diria para um provedor de internet é que tão bom quanto ter um único é melhor ter duas empresas provedoras”, disse Morales. A Asap investiu em datacenter para ter conteúdo mais próximo do usuário, reduzindo assim a latência.   

Na pandemia, o perfil de tráfego na rede mudou. Segundo Morales, no início, nos primeiros 60 a 90 dias, vimos um pico grande de utilização. “Mudou, sim, o perfil. Eu diria que algo que não era natural em horários comerciais em pico tão elevado passou a ser e atribuo isso à videoconferência e a comunicação ponto a ponto, porque você descentraliza tráfego que, antes, era de Youtube, Netflix, e passa a ter conexão ponto a ponto, o que exige mais dos backbones”, explicou.  

Com esse avanço, contar com conectividade internacional pode ser uma saída. “A conectividade internacional fundamentalmente atende a provedores de internet para ele ficar mais próximo ao conteúdo, com latência menor, e também vendemos para  empresas, que precisam ter um ponto a ponto conectado entre Brasil e outro país por questões de compliance”, disse Morales. 

Para Agripino, da Globenet, buscar conteúdo que não está no Brasil como clouds públicas e ter latência menor são motivadores para provedores de internet comprarem conexões internacionais. “O segredo é ter a rede preparada esperando o crescimento. Ninguém previa a pandemia, mas os nossos planos já previam crescimento”, ressaltou. 

Questionados sobre quais dicas poderiam dar a provedores de internet na compra de links, Morales disse que, se tivesse de escolher como provedor de internet teria, faria um estudo de tráfego para entender onde mais tem mais demanda de tráfego, para onde meu perfil de tráfego aponta e escolheria a operadora que estivesse mais próximo possível ao esse perfil. Já Agripino disse que se preocuparia com a questão da conectividade, com o quão conectado este provedor é, completou.

O Internet Festival, evento totalmente online que acontece de acontece de 7 a 14 de dezembro. O festival, que também é patrocinado pela entidade, contará com seis palcos temáticos (Conectividade, Tecnologia, Transformação Digital, Pagamentos, Segurança e Cultura), três arenas (StartUps, Games e Influencers), dezenas de painéis, palestras, cursos, oficinas, mentorias e exposições, fechando com uma celebração dos 25 anos de Internet no Brasil. Para mais informações, bem como a programação e lista dos palestrantes, acesse: https://www.internetfestival.com.br/

 


Powered by Publique!