Publicada em: 13/02/2020 às 10:22
Notícias


Internet das Coisas está mais sendo feita, do que falada no Brasil
Roberta Prescott

O ambiente de internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) não deve ter uma tecnologia de conectividade vencedora. Pelo contrário: LoRa, NB-IoT, M2M, Wi-Fi Mesh e outras estarão cada vez mais presente no cotidiano das empresas, segundo apontou Luciano Saboia, gerente de pesquisa e consultoria de TIC da IDC Brasil, em sua apresentação das previsões da consultoria para 2020. “Vamos ouvir muito em 2020 diferentes maneiras de conexão. Alguma sai vencedora? Depende da aplicação. Hoje, as redes móveis estão na frente”, disse Saboia. 

O crescimento desse mercado, que representará US$ 9,9 bilhões no ano de 2020, será, segundo a IDC, próximo de 20%, considerando hardware, software, conectividade e serviços.

Para ele, haverá o casamento de tecnologias de múltiplas conectividades. E, com isso, um aumento da complexidade de gerenciamento de múltiplas conectividades, bem como quantidade de contratos e provedores. Além disso, mobilidade, computação em nuvem  inteligência artificial e machine learning são tecnologias que caminham juntas com o desenvolvimento de projetos de IoT, bem como necessidades de edge computing.  

Pietro Delai, Latin America cloud & software program manager da IDC, opina que IoT vem avançando mesmo sem ter padrão definido. “Tudo está andando em paralelo e gerando produtividade; e o interessante de IoT é que você consegue demonstrar os benefícios”, disse, fazendo referência ao Plano Nacional de IoT. “A publicação formal do plano não fez grande mudança, mas o fato de se fazer o plano foi importante para mostrar em quais setores o País quer beneficiar. Depois não veio algo da mesma envergadura em relação a financiamento, não teve trabalho tão grande de alavancar isto. Mas o fato é que IoT está andando, o pessoal está fazendo, estão tendo benefícios. IoT está sendo mais feita do que falada”, reforçou. 

Diferentes setores têm indicadores de desempenho, KPIs, podendo ser de satisfação do cliente para o setor de saúde a redução de custos no varejo e aumento de produtividade na manufatura. Globalmente, em 2020, 90% das organizações determinarão KPIs de negócio para medir o sucesso de seus projetos de IoT, destacou a IDC. “IoT será o elemento central da automação das empresas. Em 2020, ela se torna a ferramenta capaz de permitir que a automação seja efetivamente realizada e na escala que as organizações precisam”, afirmou. 

O recado para os provedores de soluções também foi claro: eles precisam estar preparados para justificar o retorno dos investimentos aos executivos de negócio. “Tem espaço para todo mundo, de ponta a ponta, desde o sensor até quem está lá em cima tirando insights em tempo real”, apontou Delai. Na mesma linha, Saboia acredita que não haverá um provedor único para as aplicações IoT. 


Powered by Publique!