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Brasileiro tem medo, mas é o que menos admite cair em Fake News
Por: Da Redação da Abranet - 15/03/2022

Como a desinformação contamina a sociedade e quais são os caminhos que as pessoas estão buscando para combater as notícias falsas? Este foi o cerne de uma pesquisa realizada pela consultoria Oliver Wyman no Brasil e em outros nove países – Estados Unidos, México, Alemanha, França, Itália, Espanha, Reino Unido, Austrália e China. Com 125 mil entrevistados, entre 18 e 65 anos, o estudo revela que, para 65%, governos e empresas não empregam os esforços necessários para impedir a disseminação de notícias falsas.

O Brasil aparece com destaque onde há a maior proporção (88%) de quem acredita que a desinformação é um problema, bem acima da média global (63%), e no top 3 entre os que temem ser pessoalmente desinformados (77%, na Espanha e México, 84%). Curiosamente, é dentre os países analisados onde a menor proporção (11%) admite já ter sido enganada por ‘fake news’ (a média global é 32%). 

É, ainda, o país com maior desconfiança do próprio governo em relação ao tema. Numa escala de 1 a 5, onde 1 é menos confiável e 5 é mais confiável, na média geral a nota para os governos foi 2.8. no ponto mais baixo (2.3), depois do Canadá (3,1), EUA (2,9), Reino Unido e Itália (2,8), México e França (2,6), Alemanha (2,5) e Espanha (2,4). “O brasileiro é o que menos confia em seu governo, dentre toda a amostra pesquisada”, conclui a pesquisa. 

A pesquisa também apontou que a desinformação é eficaz. “Uma porcentagem perturbadoramente alta de entrevistados relatou acreditar em narrativas bizarras”, desde que a pandemia é uma farsa (18%), ou que foi pla nejada e proposital (37%), até que vacina contra Covid-19 contém um microchip que permite ao governo rastrear (12%). 

Entre os entrevistados, 66% afirmaram que podem identificar notícias falsas rapidamente e 52% têm técnicas que usam para identificá-las. Em relação aos 932 brasileiros participantes do estudo, 74% disseram que as identificam rapidamente, 66% têm técnicas para identificá-las e 23% foram ensinados a diferenciar quando uma notícia é falsa. Os chineses são os que mais acreditam que o vírus foi criado e espalhado de propósito: 57% dizem que isso é verdade. Nos demais países o índice fica abaixo de 40%. No Brasil, 37% acreditam nessa suposta conspiração.

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