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ISPs foram cruciais para a expansão e adoção da fibra óptica no Brasil
Por: Roberta Prescott - 16/05/2023

Os pequenos e médios provedores do Brasil tiveram e têm uma responsabilidade na ampliação do acesso à internet no Brasil. Na coletiva de imprensa de apresentação da TIC Domicílios 2022, lançada, nesta terça-feira (16) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br|NIC.br, ressaltou que os provedores de internet desempenharam papel fundamental para a transformação não apenas do tipo de tecnologia que chega à casa do usuário como também a dinâmica do mercado.

A pesquisa mostrou que, em 2022, o Brasil tinha 80% dos domicílios conectados, um número menor que os 82% de 2021 e os 83% registrados em 2020. A diferença se deu decorrente dos anos de pandemia com a pesquisa sendo feita apenas por telefone, o que levou a uma variação estatística. Com relação a 2019, antes da pandemia, houve um aumento, saltando de 71% para 80%.

Em 2022, 38 milhões das conexões eram por cabo ou fibra ótica, contra 22 milhões em 2019; 10 milhões por rede móvel (14 milhões em 2019) e 5 milhões por outros tipos de banda larga fixa (9 milhões em 2019) — o restante não soube responder.   

“Os provedores de internet foram capazes de adotar novas tecnologias de acesso, como a  fibra ótica, e isso teve relevância proporcional nas conexões por fibra ótica”, apontou Barbora. Ele ressaltou ainda a presença de ISPs em áreas remotas e rurais, que muitas vezes, não têm o interesse comercial pela falta de atratividade do mercado das grandes operadoras, que não estão presentes. 

Há ainda 15 milhões de domicílios sem acesso à Internet. E eles não estão conectados, principalmente, pelo alto custo e pela falta de disponibilidade. Dos que responderam, 6% na área rural, 2% na área urbana, 6% no Norte e 2% no Sudeste apontaram a disponibilidade como fator-chave para não contarem com o serviço. Já com relação a valores, 48% no Norte, 23% no Sul; 6% na área rural e 2% na área urbana afirmaram ser muito caro. 

Sobre conectar os não conectados, Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br|NIC.br, lembrou que existem iniciativas com múltiplos atores buscando formas alternativas para isso, como, por exemplo, de lançar rede de fibra ótica no leito dos rios para chegar a comunidades remotas. “O governo terá de lançar mão destes dados para trazer luz às políticas setoriais específicas”, disse. 

E ele voltou a mencionar os provedores de internet. “Os ISPs tiveram e continuam tendo relevância grande no cenário nacional, mas não sabemos como isso será mudado à medida que grandes provedores possam eventualmente fazer aquisições ou fusões com pequenos provedores”, ponderou. 

Conduzida pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), a pesquisa teve como população-alvo os domicílios particulares permanentes e indivíduos com dez anos ou mais. O período de coleta dos dados ocorreu entre junho e outubro de 2022 e a amostra foi de 23.292 domicílios respondentes e 20.688 indivíduos respondentes.

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