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Internet revolucionou setor financeiro e tudo depende das redes
Por: Roberta Prescott - 12/04/2023

As fintechs e as provedoras de serviços por meio da internet inovaram ao apresentar novas soluções para velhos desafios. “Daqui para frente, será, cada vez mais, o conceito de trabalhar em redes. Agora, tudo é solução em rede, não mais de um setor só”, ressaltou Carol Conway, diretora-presidente da Abranet, ao participar do painel “5G e Sistema Financeiro- Muito Além da conectividade”, no Digital Money Meeting, realizado nesta quarta-feira, 12/04.  

Carol Conway explicou que esse movimento começou em 2005, se intensificou em 2010 e chegou a 2013 com o marco regulatório do setor de pagamentos. “Isso floresceu de forma muito importante. A pandemia catapultou a transformação digital e quem não tinha conta bancária passou a ter. Agora, estamos diante de um ponto relevante que é para onde vamos”, disse.  

E, neste cenário, as redes de conexão ganham relevãncia. Afinal, muitas das inovações  foram possíveis graças ao provimento de acesso à internet e à disrupção trazidas pelas fintechs. “Não têm serviços financeiros, se não tiver acesso à internet, se não tiver estrada, pavimento, e foi isso que permitiu a inovação, cujo conceito é fazer algo diferente para enfrentar velhos desafios”, apontou a presidente da Associação Brasileira de Internet. 

Open finance 

Falando sobre o ambiente de compartilhamento,  Carol Conway lembrou que a Abranet faz parte do grupo de trabalho de open banking e explicou que o modelo adotado pelo Banco Central é muito parecido com o modelo de usuários da Anatel, contemplando todos os interesses e diversos tipos de instituições para se chegar a um denominador comum.

“Eu falo que é open tudo, porque a gente começou com a fase dos dados transacionais e estamos evoluindo para dados mais específicos, mas existe um universo enorme”, disse. Ela ressaltou que os principais marcos devem vir da maior atuação dos iniciadores de transações de pagamentos (ITPs), da parte de investimentos, de seguros e de câmbios.   

Com relação às interfaces de programação de aplicações, Conway apontou que as APIs estão definidas e têm padronização dentro do mecanismo de governança criado no âmbito de open finance. Mas há barreiras. “Open finance começou na pandemia junto com Pix. Então, acumulou-se uma série de demandas que tinham de ser priorizadas. O Banco Central fala que quer fazer o maior open finance do mundo no menor tempo. Mas isso é um desafio”, ponderou, acrescentando que a demanda do setor é comum e pede que exista um cronograma mais elaborado. 

5G

Carol Conway compartilhou o painel com Mauricio Santos, diretor-executivo de serviços financeiros da Claro e Claro Pay; Wilson Cardoso, chief technology officer para América Latina e Brasil da Nokia; e Marcos Ferrari, presidente da Conexis Brasil Digital e mediador do debate. 

Mauricio Santos destacou que a chegada de 5G pode levar à redução de fraudes, uma vez que a nova geração vai permitir que mais dados sejam trafegados naquele pequeno instante, possibilitando mais validações no mesmo momento. “5G torna tudo o mais instantâneo possível”, afirmou o diretor da Claro. 

Já Wilson Cardoso apontou que a tecnologia de satélite deveria ser mais usada para conectar celulares e incluir brasileiros que hoje estão isolados. “5G é mais seguro por conexão. Eu, se fosse banco, iria buscar que meus clientes tivessem 5G”, destacou o executivo da Nokia.  

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