A Qualcomm firmou um contrato com a companhia brasileira Intelbras para licenciar sua tecnologia da quinta geração de serviços móveis (5G). A catarinense é a primeira parceira da Qualcomm para a linha 5G e ganhou exclusividade na América Latina para produzir equipamentos e dispositivos da nova geração para operadoras de telecomunicações, provedores de acesso e conteúdo, e também ao consumidor.
Em outros países da região, a americana importa os sistemas. A tecnologia será compatível com 5G Standalone em todas as frequências que entrarão no leilão 5G do Brasil, além do 5G DSS, 4G e 3G. A parceria começou a ser planejada ainda no fim de 2020.
A Intelbras vai fabricar a CPE (“customer premises equipment”), que é o modem que fica no domicílio do usuário para dar o acesso à internet. A CPE 5G da Intelbras vai captar o sinal de internet da futura rede e distribuí-lo na residência ou no escritório por meio de roteador Wi-Fi 6 ou 6E.
Com seis unidades fabris em diferentes localidades do país e em fase de expansão, a Intelbras vai investir próximo de R$ 1 bilhão no Brasil, em 12 meses. Altair Silvestri, executivo-chefe da Intelbras, estima que em 2026 cerca de 20% dos 9 milhões de acessos em banda larga existentes serão de tecnologia 5G.
Os recursos já começaram a ser aplicados, sendo que parte do valor é proveniente de uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), feita em fevereiro deste ano na B3, com a captação de R$ 1,3 bilhão. Na mira da catarinense também estão aquisições. Do investimento total, R$ 150 milhões são relativos ao projeto 5G, diz Silvestri.
O orçamento para a nova geração de telefonia móvel prevê gastos em infraestrutura, contratação de colaboradores (hoje são 5 mil), maquinário e desenvolvimento de tecnologias. A fabricante está construindo mais duas unidades fabris, uma em Tubarão e outra em São José (SC), sendo uma delas só para energia e a outra para cabeamento estruturado de várias tecnologias.
*Com revista Exame e Valor Econômico
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