Publicada em: 08/02/2023 às 10:33
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Redes privativas móveis impulsionam aplicações aprimoradas de IoT, IA e machine learning
Roberta Prescott

“Redes privativas móveis representam novas receitas para os prestadoras de serviços de telecomunicações que vão além das redes”, disse Luciano Saboia, diretor para vertical de telecomunicações para a IDC América Latina, em apresentação para imprensa do Predictions Brazil 2023. Este tipo de oferta vem a reboque do desenvolvimento e da implantação das infraestruturas de 5G, que, como ele destacou, nunca antes uma nova geração de conectividade trouxe tanta expectativa de transformação para os negócios quanto a chegada do 5G.

Para a IDC, a combinação de redes móveis privadas 5G, IoT e multi-access edge Computing (MEC) trará grandes benefícios para as organizações que as implantarem, devido aos requisitos de segurança, confiabilidade e latência. De fato, espera-se que todo o ecossistema de tecnologia seja impactado, passando por operadoras de telecomunicações, OEMs de dispositivos, provedores de nuvem e de equipamentos de rede, desenvolvedores de software e aplicativos, até integradores.

Saboia salientou que as redes privativas móveis representam novas oportunidades de receitas para o setor de telecomunicações que vão além da conectividade e incluem cloud, segurança, armazenamento, gerenciamento e análise de dados, assim como outros serviços gerenciados necessários para aplicações mais complexas.

“As empresas estão planejando usar redes privativas móveis e estão determinando quais são os melhores modelos de negócios para isso. Esse é um desafio. Podemos observar o compartilhamento de receitas, assinaturas, diversos modelos e arranjos que vamos ver acontecer”, apontou. “O tema de redes móveis privativas se conecta com tema de internet das coisas, um mercado que deve chegar a R$ 11,2 bilhões em 2026, sendo que 38% vai para conectividade”, completou. 

Somado a isso, o especialista lembrou que a possibilidade de fatiamento da rede — networking slicing — aumenta ainda mais as possibilidades de uso e de modelos de negócios. “Pode-se prover uma fatia da rede para ser ‘pública’, destinada à conexão geral, e criar ofertas diferenciadas, dedicando espaço desta rede para uso das empresas. Isso vai potencializar a monetização dos investimentos e use cases”, detalhou.  

Determinar os melhores modelos de negócios será um desafio, que levará em conta o tipo de aplicação a que se destina. Já podemos observar o compartilhamento de receitas, assinaturas e pagamento somente pelo uso da rede em mercados maduros.


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