Cerca de 80% das empresas brasileiras entrevistadas para a pesquisa “Empoderamento do cliente no novo cenário de Telecom: Os impactos da adoção de 5G e Wi-Fi 6 nas empresas brasileiras” afirmaram possuir um alto nível de compreensão sobre as redes 5G e Wi-Fi 6. De acordo com estudo realizado pela Deloitte, “o nível de maturidade e a disposição das empresas brasileiras em investir em 5G e Wi-Fi 6 é surpreendente, mas desafio para implementação ainda é grande”.
Para obter uma perspectiva global sobre a adoção dessas soluções e avaliar as atitudes durante e após a crise, a Deloitte entrevistou executivos de nove países, incluindo o Brasil, que representam empresas que planejam aderir ao 5G e/ou Wi-Fi 6 nos próximos anos. A crise da Covid-19 estimulou as organizações a acelerarem o investimento em redes sem fio para melhor lidar com as interrupções atuais e futuras, bem como a criação de novas soluções e ofertas, apontou o estudo.
Segundo a Deloitte, ao oferecer melhorias significativas de desempenho - velocidades mais rápidas, maior cobertura, menor latência (tempo que um dispositivo leva para enviar dados para outro dispositivo), maior densidade do dispositivo e detecção de localização precisa, essas novas tecnologias sem fio irão possibilitar soluções inovadoras, como veículos autônomos, automação de precisão e robótica, telemedicina, experiências mais envolventes no varejo e entretenimento e realidade aumentada no local de trabalho.
O 5G e o Wi-Fi 6 são vistos como as mais críticas tecnologias de redes de dados sem fio para os negócios de hoje, o que, há pouco tempo, se resumia nas redes cabeadas. Os executivos brasileiros são, segundo o estudo, particularmente bem-informados sobre essas tecnologias e já estão se preparando para a mudança: nove em cada dez acreditam que tecnologias de conexão sem fio avançadas são muito importantes para o sucesso de seus negócios. Dos respondentes da pesquisa, 92% afirmaram possuir um alto nível de compreensão do 5G, 82% de compreensão sobre o Wi-Fi 6 e 78% responderam compreender consideravelmente as tecnologias de máquinas (NB-IoT e LPWA).
As empresas que adotam tecnologia de conectividade sem fio avançada afirmam à pesquisa desejar reconsiderar os provedores que usam (50%). Segundo a pesquisa, em média, essas organizações interagem com oito tipos de fornecedores - e comumente com diversos em cada especialidade.
Cerca de 76% afirmam ter o desejo de explorar novos provedores de infraestrutura e de nuvem e 75% novas operadoras de celulares. Esse é considerado um dos pontos de atenção da pesquisa; se por um lado existe uma ameaça, por outro, as operadoras poderão focar em ampliar a oferta de outros serviços.
As empresas brasileiras respondentes apresentaram uma alta de investimento por ano no setor e indicaram que desejam investir mais quando a pandemia terminar; para conectividade sem fio atual e avançada, incluindo gastos com pessoas, hardware, software, equipe e consultoria, o investimento ao longo dos próximos três anos será de R$ 50 milhões a R$100 milhões para 37% dessas empresas e de R$100 milhões ou mais para 18%.
Além do 5G e do Wi-Fi 6, 100% dos respondentes afirmaram que aumentarão o investimento nas tecnologias de máquinas NB-IoT, LoRA e SigFox, até 2023, identificando-as como as três tecnologias mais críticas de conectividade sem fio, para as iniciativas de negócio das suas empresas; 95% afirmaram já estar se preparando ou com pilotos iniciados para implementar LPWAN;
A redução dos custos (39%) e a melhoria de eficiência (37%) foram os principais benefícios que as empresas brasileiras apontaram em relação à adoção da conectividade sem fio avançada. Na pesquisa global, a criação de novos produtos/serviços foi o objetivo mais importante para outros países.
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