A provedora Internet Vero, com 647,5 mil assinantes, e forte atuação, em especial, em Minas Gerais, mas presente no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, abrangendo 180 cidades, é o mais alvo de disputa entre os grandes players de rede neutra no Brasil. A provedora, que busca investidores, está sendo cobiçada pela FiBrasil, da Vivo, mas a concorrência pode esquentar essa disputa. O valor da Vero é estimado entre R$ 3,6 bilhões a R$ 4 bilhões, revela reportagem da Agência Broadcast, do jornal O Estado de São Paulo, nesta quinta-feira, 14 de julho.

A gestora Vinci Partners, controladora da Vero, abriu o processo de busca a investidores e estimulou essa disputa entre os grandes players. Dados da Anatel apontam a Vero como o nono provedor em número de clientes no Brasil. A FiBrasil tem a Vivo como acionista, e o fundo de investimento canadense CDPQ. Em janeiro, por conta da crise econômica global e do Brasil, a Vero desistiu de fazer um IPO (oferta pública de ações) na B3.

O negócio de redes neutras é disputado pela Vivo, com a FiBrasil, pela TIM, com a I-Systems, em parceria com a ISH Towers,  e pela V.tal, do BTG, com a Oi. A Claro é a única operadora fora do negócio e o seu executivo, José Félix, no Painel Telebrasil 2022, realizado no mês passado, em Brasília, foi taxativo ao apontar  problemas de sustentabilidade nos preços praticados, assim como na estratégia de “redes neutras”.

“É um mar de sangue os preços que estão sendo praticados na banda larga. Ofertas inacreditáveis que a gente sabe que não tem retorno financeiro. É um mercado altamente competitivo. Mas uma coisa é preço, outra é viabilidade de negócio. E tem muitos negócios por aí que vão se mostrar inviáveis ao longo do tempo. Negócios à espera de comprador”, declarou Félix.