Publicada em: 06/03/2023 às 12:22
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Real Digital: BC define se usa tecnologia 'in house' ou se compra no mercado
Da Redação da Abranet

O Real Digital entra em fase de testes nos próximos dias, já com um protótipo do que será a versão “tokenizada” da moeda brasileira. A informação é do jornal Valor Econômico. O arranjo exigirá a criação de um novo sistema de pagamentos, que se integrará com os mecanismos atuais de compensação financeira. Os detalhes serão divulgados em uma coletiva de imprensa, nesta segunda-feira, 06 de março, no final da tarde. 

A previsão é que a versão digital da moeda brasileira chegue ao público até o final de 2024, ainda na gestão no BC de Roberto Campos Neto, entusiasta da ideia.  O Banco Central vai definir se vai usar uma tecnologia feita 'in house' ou contratar uma tecnologia externa. O objetivo, segundo Campos, é fomentar novos negócios, possivelmente colocando o Brasil na vanguarda da economia tokenizada, dado que poucos países estão tão adiantados no tema e tem marco regulatório.

Devido a restrições legais de privacidade e questões de segurança, o BC deverá emitir o real digital dentro de uma “blockchain” privada do tipo permissionada - ou seja, restrita a bancos e instituições de pagamento supervisionadas. A principal inspiração é o Ethereum, ecossistema de criptoativos que inovou ao permitir a criação de contratos inteligentes que deram origem a diversas aplicações das finanças descentralizadas (DeFi), como empréstimo pessoa a pessoa, fracionamento e transferência de ativos que permitem financiar empreendimentos fora do mercado de capitais, além de de ser lento e caro.

As moedas digitais dos bancos centrais são vistas com potencial de reduzir o apelo das criptomoedas por atualizar a tecnologia das divisas fiduciárias aos novos tempos e permitir transações dentro de ambientes controlados e seguros. O novo arranjo deve fomentar toda uma cadeia de serviços financeiros e de infraestrutura de mercado com custos ainda mais competitivos e acessíveis para consumidores e empresas do que as fintechs e o próprio Pix trouxeram para o sistema financeiro. 


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