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Pesquisa aponta que internet está mais acessível a pessoas com necessidades especiais
Por: Redação da Abranet - 23/11/2020

Aumentou o porcentual de pessoas com necessidades especiais considerando  a internet acessível, segundo apontou uma a 2ª pesquisa brasileira sobre o uso de leitores de tela por pessoas com deficiências, conduzida pela everis, consultoria de negócios e TI do Grupo NTT Data. Entre as principais constatações da segunda edição da pesquisa da everis está o fato de a maioria das pessoas com necessidades especiais entrevistadas (74,5%) considerar a internet acessível, enquanto na primeira eram apenas 65%. 

Outra constatação foi que mais de 68% dos participantes possuem renda própria, ou seja, são consumidores e impactados pela falta de acessibilidade das plataformas digitais. Ao questionar os entrevistados sobre o leitor de tela para desktop de sua preferência, a maioria informou preferir utilizar o NVDA (76,6%), ficando o JAWS em segundo lugar com 10,8%. Entre os navegadores de celulares e tablets, o mais usado é o TalkBack com Chrome, apontado por 45% dos participantes, enquanto 27,9% usam o VoiceOver com Safari.

No último censo do IBGE se identificou que existem 45.606.048 de pessoas (23,9%) que sofrem com alguma deficiência no Brasil, sendo que, deste total, 8,2% têm condições limitantes severas. A deficiência com maior incidência entre os brasileiros é a visual (18,8%), seguida por auditiva (5,1%), motora (7%) e mental ou intelectual (1,4%). Este contingente de brasileiros precisa e deve ter acesso a produtos e serviços acessíveis, tanto públicos como privados, e este direito é garantido pela Lei Brasileira de Inclusão, nº 13.146/2015.

Em suas incursões pela internet na procura por informações, a maioria afirma navegar item por item (39,6%), seguida por aqueles que vão pelos cabeçalhos (27,9%) e por links (24,4%). Entre eles, 6% pesquisam as páginas até encontrar o que procuram e 1,6% diretamente por marcas e regiões. Nesse processo de busca, 68,6% arrastam os dedos da direita para esquerda ou vice-versa, e 29,3% procuram até encontrar o que procuram. A pesquisa da everis verificou também que 44,7% dos entrevistados preferem acessar a internet pelo desktop (Computador ou notebook), 31,4% pelo tablet ou celular e 23,9% não tem preferência.

Quando indagados sobre a acessibilidade das compras on-line, 31,4% nunca compraram, 25,3% reclamaram da falta de informações sobre os produtos, 21,3% têm dificuldade em efetivar o pagamento, 9,8% não conseguem encontrar os produtos, 6,6% gostariam de rastrear mais facilmente a compra, 3,5% não encontram a confirmação do pagamento e 2,1% as avaliações produto.  

A pesquisa foi conduzida on-line e teve como objetivo conhecer os hábitos dos brasileiros com deficiência física, intelectual, visual e auditiva ao usarem leitores de telas de computadores, tablets e celulares para acesso aos mais diversos softwares e aplicativos mobile. Ou seja, entender como as empresas podem desenvolver soluções mais acessíveis às pessoas com necessidades especiais. Acesse a íntegra: https://estudoinclusivo.com.br/relatorio-2020.

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