O Banco Central do Brasil tem duas prioridades para o momento: não atrasar em nada a entrar em vigor do PIX, sistema instantâneo de pagamentos e transferências, e de open banking, mesmo com o impacto da Covid-19 na economia brasileira. Em palestra virtual parte da agenda prévia da Futurecom, Otavio Damaso, diretor de regulação do Banco Central do Brasil, ressaltou a agenda de inovação do Bacen.
“Foi a agenda de Inovação que, no meu ponto de vista, ajudou bastante o financeiro enfrentar o isolamento físico causado pela Covid-19, porque já existia vários canais de comunicação com clientes e stakeholders", pontuou. Mas, admitiu que "se tivéssemos ido ao extremo na digitalização, as soluções teriam sido mais amplas e efetivas e o alcance das políticas públicas teriam sido mais eficientes”.
Para Damaso, umas das lições deixadas pela pandemia é a necessidade de reforçar ainda mais a agenda da inovação para que o sistema bancário se torne mais inclusivo para toda a população. Falando sobre open banking, o diretor lembrou do cronograma de implantação, de que podem participar somente instituições autorizadas e regulamentadas pelo Banco Central e disse que o Bacen está disposto a ampliar o acesso a outros tipos de instituições que poderão operar no âmbito de open banking. Ele, contudo, não deu mais detalhes sobre quais seriam tais instituições nem falou de prazos.
“Mesmo com a Covid, o open banking não sofreu atraso e a implantação efetiva para sociedade ocorre em novembro”, ressaltou, acrescentando que o objetivo é tornar open banking no Brasil um modelo eficiente e inclusivo e com autorregulação assistida, ou seja, sendo acompanhada pelo BC que detém a prerrogativa de que, se algo sair fora dos princípios, a Autoridade terá, então, que pensar em regulação.
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