Publicada em: 10/08/2021 às 15:04 |
FEBRABAN: Segunda fase de open banking é a mais importante A segunda fase do open banking entra em operação na próxima sexta-feira, 13 de agosto. Esta é, nas palavras de Leandro Vilain, diretor-executivo de inovação, produtos e serviços da Febraban, a fase mais importante de todas. Trata-se do compartilhamento dos dados cadastrais, ou seja pessoais, dos clientes, tais como nome, filiação, endereço, informações transacionais (extrato de conta corrente, empréstimos etc). "É a fase com maior volumetria de troca de informações e, por serem dados pessoais, exige do cliente a autorização para o compartilhamento, autorizando tanto a instituição que fornece, quanto a que recebe as informações", explicou Vilain em workshop da Febraban para jornalistas, nesta terça-feira (10/08). A primeira fase, lançada em fevereiro deste ano, já está em funcionamento e compreendeu o compartilhamento de dados que já são públicos de alguma forma. A terceira fase compreende a iniciação de pagamento, também pressupondo a autorização do cliente, para permitir fazer transações sem entrar no aplicativo do banco. Em 15 de dezembro, a última fase é de expansão para outros produtos e serviços, incluindo dados públicos de informações de investimentos e seguros. “Diferentemente do Pix que é um fim, um produto, open banking é um meio”, disse Ivo Mósca, líder do grupo de trabalho de open banking na Febraban. “Open banking é o meio de troca de informações e eu tenho a expectativa que será uma jornada intuitiva e que o cliente fará isso de forma natural. O desafio é tornar a complexidade simples”, completou Vilain. Ivo Mósca ressaltou no evento online que o consentimento é duplo, cabendo ao dono autorizar quais dados serão compartilhados, para qual finalidade e por quanto tempo ele quer que os dados sejam compartilhados. Não existe um prazo mínimo estabelecido, mas ele tem de ser compatível com a finalidade. O prazo máximo é de 12 meses. Entenda Caso dê este consentimento, nesta fase poderão ser compartilhadas as informações de cadastro (como nome, endereço, renda e CPF), bem como dados de movimentação financeira (informações sobre contas, cartão de crédito e operações de crédito, como empréstimos e financiamentos). Na prática, a partir da segunda fase, a instituição que receber as informações de cadastro e de movimentação financeira do cliente, após seu consentimento, poderá fazer propostas de crédito, de investimentos e de outros serviços de forma mais personalizada, e que tragam melhores condições ao cliente. Nesta fase poderão surgir aplicativos que fazem gestão financeira, simulações de crédito, investimentos, empréstimos em diversas instituições, com base na movimentação financeira do consumidor e em outras informações que poderão ser agregadas. Os consentimentos dos clientes serão dados sempre por meio eletrônico e dentro do ambiente de autenticação do banco. Não será solicitada nenhuma informação ao cliente que o banco já não tenha. Será uma jornada que envolverá dois participantes: uma instituição que está oferecendo um produto, e que irá buscar o consentimento expresso e explícito do cliente; e a instituição com a qual o cliente tem relacionamento e irá compartilhar os dados a pedido dele após autenticação no aplicativo do banco. Todos estes consentimentos serão dados de forma eletrônica e na tela do celular ou do computador, de forma muito intuitiva e simples. |