Publicada em: 28/07/2020 às 17:45
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Em 10 anos, PIX vai reduzir à metade papel do dinheiro vivo na economia do Brasil
Da Redação da Abranet

A entrada em vigor do sistema instantâneo de pagamentos no Brasil, o PIX, a partir de outubro, deve acelerar a redução do uso do papel moeda para cerca de metade do que representa atualmente, de acordo com um levantamento feito pela consultoria financeira Boanerges& Cia.

O estudo mostra que, em 2020, cerca de 29% dos pagamentos feitos por consumidores no país serão em dinheiro vivo, proporção que tende a diminuir para cerca de 14% a 15% em 2030. Num cenário conservador, em 2030 os pagamentos instantâneos movimentarão um montante de 831 bilhões de reais, ou cerca de 15% dos 5,6 trilhões de reais estimados para serem movimentados no consumo privado naquele ano.

Enquanto isso, lembra o relatório, o pagamento instantâneo poderá alcançar 24% do total. O trabalho da consultoria mostra que os cartões de pagamentos, criados na década de 50, só superaram o dinheiro em 2019, ou seja, quase 70 anos depois.

“Agora, com os pagamentos instantâneos, teremos uma nova ultrapassagem, com inversão de posição, em apenas uma década”, disse Boanerges Ramos Freire, responsável pelo estudo. Segundo ele, o pagamento instantâneo vai reduzir custos e dar maior agilidade para as transações.

Essa evolução trará consequências ao ecossistema financeiro. Tanto assim que, dentre as instituições participantes do sistema eletrônico atual de pagamentos, incluindo cartões de crédito e de débito, as bandeiras serão as mais atingidas com a entrada em vigor do PIX, seguidas pelas adquirentes e pelos emissores de cartões, os bancos.

Fonte: Agência Reuters


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