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Crianças e adolescentes têm de ser incluídos nas políticas de inteligência artificial
Por: Redação da Abranet - 11/03/2020

“É necessário endereçar essas questões [sobre a ausência de um enfoque de infância e adolescência no desenvolvimento de projetos de inteligência artificial quanto às crianças e adolescentes], para que eles possam realmente se beneficiar das oportunidades que essa tecnologia traz, afirmou Lasse Keisalo, do consulado Finlandês em São Paulo, participar do Workshop Artificial Intelligence and Children, promovido pelo Unicef e sediado pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br).

O evento teve como objetivo abordar as necessidades e desafios dos diferentes setores da sociedade, na América Latina e Caribe, em relação aos direitos das crianças e adolescentes, quando da formulação e implementação de inteligência artificial. Também buscou identificar soluções para alavancar políticas públicas sobre os direitos desses jovens, além de reunir contribuições regionais.

Na abertura do workshop, Demi Getschko, do NIC.br, destacou que, ao hospedar o workshop do Unicef, promover o Fórum de IA da Unesco no ano passado e participar de consulta pública sobre o tema no âmbito de governo, o NIC.br tem buscado participar ativamente do debate sobre os impactos da inteligência artificial. Ele enfatizou a importância de pesquisas que medem o uso da Internet por crianças e adolescentes e a necessidade da colaboração entre entidades e países para discutir avanços nesta área. 

Cristine Hoepers, do CERT.br/NIC.br, ressaltou que novas tecnologias estão em constante desenvolvimento e que os jovens precisam entender quais oportunidades e riscos estão associadas a essas tecnologias, para que assim possam se proteger da melhor forma. Ainda durante a abertura, Florence Bauer, representante do Unicef no Brasil, destacou a ausência de um enfoque de infância e adolescência no desenvolvimento de projetos de IA. 

A necessidade de preparar as crianças para viver em um mundo de mudanças tecnológicas também foi abordada por Steven Vosloo, da Unicef, que salientou a importância de colocar jovens no centro das estratégias de IA, realizadas tanto por governos quanto por empresas. Segundo ele, a comunicação entre os setores governamental e empresarial é essencial para desenvolvermos usos mais eficientes de IA em que os jovens possam aproveitar ao máximo suas oportunidades e mitigar seus riscos.

Sua recomendação é que as empresas entendam que os jovens podem acabar usando produtos que eles não tenham sido criados para este público-alvo, o que torna ainda mais necessário envolver os jovens durante o desenvolvimento de IA.

Os princípios do Unicef em relação a inteligência artificial foram apresentados pela consultora da entidade Virginia Dignum. Para ela, sistemas de IA devem ser desenvolvidos para respeitar e promover os direitos das crianças e adolescentes, ser transparentes de fácil entendimento pelos jovens, e assegurando que jovens sejam capazes de ter o controle de suas próprias informações.  

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