Publicada em: 22/02/2021 às 19:00
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Anatel reafirma que limpeza de postes requer aporte de R$ 20 bilhões
Da Redação da Abranet*

O uso e a limpeza dos postes do setor elétrico pelas empresas de telecomunicações requer um aporte na ordem de R$ 20 bilhões e sem perspectiva de retorno financeiro, segundo reafirmou o presidente da Anatel, Leonardo Morais, ao participar do seminário Políticas de Telecomunicações, promovido pelo portal Teletime, nesta segunda-feira, 22/02.

Em outubro de 2020, um estudo elaborado pela área de competição da Anatel havia estimado que fazer o reordenamento dos cabos de telecomunicações que lotam os postes das concessionárias de energia elétrica em 1,4 mil cidades brasileiras iria custar R$ 20 bilhões. Como alternativa, a agência indicou a criação de um operador de infraestrutura neutro.

"Seria da ordem de R$ 20 bilhões o esforço para a regularização das vias aéreas, sendo um esforço que não geraria receita adicional. É um desafio muito grande. E, apesar de todo o esforço, o quadro regulatório vigente é insuficiente para o enfrentamento desse desafio", afirmou Morais, conforme noticiou o portal Convergência Digital.

"O Brasil tem aproximadamente 46 milhões de postes. E pelo menos 10 milhões seriam elegíveis a esforços de regularização, em 1,4 mil cidades. Segundo a Aneel, são faturados pelas distribuidoras de energia 24 milhões de pontos de fixação, ou 13% dos 184 milhões de pontos teóricos, com uma receita anual de R$ 1,4 bilhão, mas com grande parte revertida em modicidade tarifária", disse o presidente da Anatel.

Segundo Morais, desde que Anatel e Aneel voltaram ao tema e estabeleceram um preço de referência (R$ 3,19, ou R$ 4,25 em valores atualizados), ainda em 2018, mais de 220 mediações foram realizadas, com o valor sendo o ponto central da disputa em 120 casos.

No seminário, o  presidente da Anatel retomou a defesa de que "parte da solução poderia passar para uma operadora neutra, com a compreensão desse espaço em uma perspectiva de oportunidade de negócios, de geração de valor, uma empresa com foco no atacado e não no cliente final, que atenderia tanto as grandes teles como fomentaria um crescimento ainda maior dos PPPs".


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