Foi encerrada à meia-noite do domingo 24/1 a consulta pública 82 da Anatel que pediu contribuições acerca da proposta que destina toda a faixa de 6 GHz para o uso não licenciado. No ano passado, a Associação Brasileira da Internet (Abranet), ao lado de mais 20 signatários de um manifesto denominado Coalização WiFi6e Brasil, solicitou à Agência Nacional de Telecomunicações que a faixa de 6 GHz, com 1200 Mhz disponíveis, seja destinada para uso não-licenciado.
O pedido destacou que o uso da faixa é fundamental para que as empresas de Internet possam vir a atender às demandas crescentes por redes de banda larga no País. “Para que o Wi-Fi funcione adequadamente e possa cumprir o propósito de expandir a conectividade no Brasil, é necessário que se tenha acesso adequado ao espectro. Nesse contexto, a destinação da faixa de 6 GHz, em toda sua extensão, é fundamental para a continuidade de crescimento do Wi-Fi”, diz o manifesto.
Em outubro, o economista e consultor, presidente da Telecom Advisory Services, Raul Katz, afirmou, ao participar de debate promovido pela Anatel sobre competição em Telecomunicações, que "se o Brasil mantiver a posição que está sendo considerada pela Anatel e alocar [como não licenciada] toda a faixa de 6 GHz, todos os 1200 MHz, isso cria um valor econômico total capaz de gerar US$ 163,36 bilhões entre 2020 a 2030”.
No mundo, o uso da faixa de 6 GHz para Wi-Fi avança. A expectativa é que, ao longo do ano, a adoção do espectro de 6 GHz para Wi-Fi ocorra em diferentes autoridades nacionais sobre telecomunicações. É o caso, por exemplo, dos 480 MHz nessa faixa de 6 GHz a serem destinados na União Europeia, provavelmente no segundo trimestre.
Em recente coletiva de imprensa, Max Tremp, diretor de engenharia da Cisco América Latina, apontou que o Wi-Fi 6 e o 5G vão gerar oportunidades equivalentes de negócios às empresas de internet, devido à baixa latência e largura de banda.
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