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Abranet defende volta de frequências da Oi com a venda da Oi Móvel
Por: Roberta Prescott - 25/09/2020

A Associação Brasileira de Internet (Abranet) tem feito contribuições junto à Anatel no sentido de conseguir meios para que as empresas de internet consigam expandir os serviços e levar conectividade a mais localidades. Ao participar do painel “Desafios da conexão de comunidades vulneráveis”, durante o Fórum da Internet (FIB10), que ocorre de forma virtual neste ano, Eduardo Parajo, vice-presidente da Abranet, explicou que os provedores de internet, inclusive muitos de pequeno e médio portes, têm levado a conexão a regiões distantes e àquelas que, apesar de não longínquas, não são atendidas pelas grandes operadoras.     

“Vemos pequenos prestadores trabalhando em regiões remotas, em comunidades mais vulneráveis, seja utilizando a tecnologia por rádio, seja usando as frequências livres ou passando fibra ótica. Há provedores instalando fibra ótica em cidade com menos de 5 mil habitantes”, ressaltou. 

Para fomentar o trabalho das empresas de internet, a Abranet tem feito contribuições. Uma dela é com relação à entrada de 5G no Brasil. “Fizemos contribuição para a Anatel no sentido de que as pequenas prestadoras tivessem acesso a todas as frequências e que pudessem participar efetivamente tendo acesso a todas e não apenas a uma faixa específica”, disse Parajo. “É imaginar que numa região longínqua do País a gente possa usar as frequências de 750 MHz, de 700 Mhz, por exemplo, para atender com LTE à região rural e ao agronegócio, que precisa de muita conectividade, principalmente, para conectar sensores”, completou.  

Outra contribuição para Anatel se refere ao movimento do mercado de consolidação com a venda da Oi Móvel. “A venda dos ativos faria todo o sentido para as grandes operadoras, mas com as frequências não sendo entregues nesta transação”, disse, defendendo que as frequências sejam resgatadas pelo Estado para serem utilizadas pelas pequenas prestadoras em outros modelos de negócios, principalmente, de nicho. 

“Caso contrário, vamos ver um incremento maior das detentoras já de grande parte das frequências hoje para serviço móvel pessoal no País e não abriria espaço para possíveis novos projetos nesta área, projetos desafiadores, principalmente, na questão rural. Seria importante que as frequências voltassem ao Estado para serem usadas em projetos mais regionalizados”, explicou. 

Parajo também apontou outro ponto que vem sendo discutido há anos pela entidade, que é a utilização de frequências específicas para ampliar o atendimento nas áreas rurais, como a frequência de 450 Mhz. “A Anatel tem feito movimento de tentar recuperar esta frequência que foi concedida em um dos leilões”, assinalou. A banda poderia ser usadas por provedores para prover serviços de conectividade para uma área maior, uma vez que a frequência baixa tem um alcance de sinal maior. 

Pandemia

Parajo apontou que, com a pandemia, ISPs se depararam com crescimento grande das conexões à internet, uma demanda que veio para atender à necessidade de as pessoas trabalharem e estudarem desde suas casas. Além disso, ressaltou que praticamente dobrou volume de dados trafegados na internet no Brasil e houve uma mudança nos picos de tráfego, que antes se davam a partir das 18 horas e, na pandemia, passaram a começar às 10 horas.    

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