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Abranet: espectro não-licenciado é fundamental para a competição do setor
Por: Roberta Prescott - 30/07/2020

Ter acesso a mais espectro não-licenciado é essencial para sustentar o crescimento do tráfego de dados, bem como possibilitar o surgimento de novos serviços e modelo de negócios com base na internet. Ao participar do e-Fórum Wi-Fi 6, webinar promovido pelo Convergência Digital e pela Network Eventos, nesta quinta-feira 30/07, Eduardo Neger, presidente da Abranet, ressaltou que a disponibilização de frequências não-licenciadas pela Anatel está congelada há anos.

A concessão da faixa de 6Ghz, com 1,2 GHz de espectro, seria uma correção de rumo e o tema está em discussão no Conselho Diretor da Anatel. A área técnica da agência recomendou usar a faixa toda para não-licenciado, mas há pleitos das operadoras para que uma parte - 500 Mhz- fique reservada para a evolução da tecnologia e possível destinação para serviços licenciados. A decisão final está com os conselheiros da Anatel.  Em defesa do não licenciado, o presidente da Abranet, Eduardo Neger, foi taxativo: “sabemos que as empresas e o mercado são habilidosos para entregar soluções e aplicações usando estas faixas. Entendemos a demanda do consumidor, mas precisamos também de ter espectro para fazer acontecer”.  

O painel, que contou com representantes da Anatel, da indústria fornecedora e de empresas que prestam serviços baseados em Wi-Fi, debateu a alocação da faixa de frequência de 5,925 GHz a 7,125 GHz como sendo de radiação restrita, ou seja, não-licenciada, adequada ao uso para as redes Wi-Fi 6 e Wi-Fi 6e.  Atualmente, as frequências usadas para propagação do sinal de internet sem fio (Wi-Fi) são na faixa de 2,4 GHz e de 5 GHz. 

“O espectro não-licenciado é fundamental para a competição no setor. As empresas de SCM só surgiram porque existia o espectro não-licenciado e, assim, construíram suas redes usando a faixa de 2,4 GHz disponíveis à época. Começaram com rádio e migraram para fibra ótica. Hoje têm penetração importante no interior do País e introduziram competição nos grandes centros”, ressaltou Neger. 

Falando de Wi-Fi 6, Neger apontou que ele vem para resolver problemas enfrentados hoje com a densidade, ou seja, muitos dispositivos pendurados em um mesmo ponto de acesso — e a versão 5  não consegue atender com qualidade todas as conexões. Com o aumento de conexões máquina a máquina, esta realidade tende a ficar ainda mais complexa. “Outro ponto importante é o mercado corporativo, que pode ter queda no Wi-Fi e a versão 6 consegue mitigar a interferência e melhorar a capacidade”, exemplificou.

“Expandir a banda e agregar a faixa de 6 GHz significa conseguirmos, depois de muitos anos, contar com novas faixas não-licenciadas e colocar para os provedores a possibilidade de criar novos serviços e prestar serviços de maior qualidade. A Abranet entende que o uso de faixas não-licenciadas — incluindo também o  white space das TVs — aumenta a competição e coloca no mercado mais inovação, deixando consumidor com mais opções de escolhas para o serviços”, finalizou.

Veja abaixo a íntegra do evento.

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