Publicada em: 27/01/2021 às 12:11
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PIX e as mudanças na gestão das empresas
Por Rodrigo Glauser*

O anúncio do lançamento do PIX pelo Banco Central, no início de 2020, movimentou o mercado financeiro.  Afinal, a promessa de um meio de pagamento instantâneo, prático,  mais barato do que TED, boleto e outros meios e em linha com a digitalização acelerada trazida pela pandemia facilitaria, e muito, a vida dos brasileiros. O que nem todo mundo sabe é que o novo sistema traz vantagens não apenas as pessoas físicas, mas também para as empresas.

Mas quais os benefícios para pessoas jurídicas? Como as organizações vão operar nesse novo cenário? Enquanto as pessoas físicas tendem a utilizar mais chaves como CPF e número de celular, as corporações devem usufruir de chaves aleatórias que permitem as empresas receber com PIX utilizando contas em várias instituições financeiras possibilitando a distribuição da sua carteira de recebíveis mais facilmente. Outro ponto que desperta a atenção são as emissões de QR Codes por pequenas, médias e grandes empresas, já que elas realizarão essas operações por meio da integração dos seus sistemas de gestão com o PIX.

Isso vai alterar significativamente os ERPs das organizações. Atualmente, boa parte das vendas de uma empresa é processada e enviada para emissão de boleto pela instituição financeira, e isso muitas vezes é um trâmite burocrático. Com o PIX, esse tipo de operação é muito mais ágil, permitindo que o dinheiro seja disponibilizado praticamente em tempo real. Essa celeridade otimiza processos e reduz custos, em comparação as transferências como TED e DOC e pagamento por cartão ou boleto, por exemplo.

Mas o PIX – e ainda outras tendências, como a regulamentação do Open Bank, o boom de novas fintechs, os investimentos dos bancos tradicionais em IoT e o maior leque de serviços digitais – traz também desafios para os negócios. Essas inovações exigem que os fluxos de ERP sejam cada vez mais integrados. Muitas empresas, entre elas, a  FH, estão criando soluções para viabilizar essa conexão entre o SAP ERP e as instituições financeiras utilizando conexões via APIs.

Trata-se de um conjunto de serviços inteligentes que liberam o potencial do ERP para que a empresa possa se conectar mais rapidamente a esses novos serviços bancários, de forma a aproveitar as oportunidades que uma compra mais ágil possibilita.

O resultado é uma melhor experiência nos processos de tesouraria e o mais importante, uma orquestração mais rápida de processos de negócios internos. Atualização de crédito, venda antecipada e pagamento de imposto de importação são alguns exemplos de como a forma de pagamento instantânea pode reduzir custos e dar produtividade às empresas. 

O PIX é um mundo novo e é apenas uma das tendências que chegam para modernizar o os processos de cobrança e recebimento. Mas, para aproveitarmos as oportunidades trazidas pela digitalização nos meios de pagamentos, as empresas precisam também fazer o seu dever de casa.

*Rodrigo Glauser é Delivery Manager da FH


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