Publicada em: 20/08/2020 às 12:31
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“Smartizar” é o futuro no presente
Por José Ricardo Tobias*

Jamais vivenciamos um período com situações tão incomuns. A pandemia mudou as relações interpessoais, a forma de trabalhar e até mesmo muitas de nossas percepções. Mesmo onde o pico da covid-19 já passou, as rotinas se alteraram, assim como algumas práticas. Neste turbilhão, as pessoas se adaptaram, aprenderam e ensinaram, seja por necessidade, curiosidade ou até mesmo lazer. No caso da tecnologia, vimos muita gente, pela primeira vez, pagando contas pelo celular, fazendo compras em aplicativos, automatizando processos simples e buscando novas maneiras de tornar o dia a dia mais eficiente.

Há dois anos, pouca gente diria que era fácil instalar uma câmera em casa e acessá-la de onde estiver a partir de um celular. Ou que poderia programar o ar condicionado para ligar em determinado horário, na temperatura desejada, sem auxílio de um técnico ou engenheiro. Ou mesmo que compraria um produto conectado –  ou um “gadget IoT” (Internet das Coisas) –  para economizar tempo e dinheiro. Pois, sim! Dispositivos de automação e segurança residencial conectados baseados no conceito de IoT, o chamado “Smart Home” ou “Casa Inteligente”, significam conforto, eficiência e segurança para famílias e pequenos negócios, além de facilitarem o cotidiano também em tempos de distanciamento social. Além disso, tornaram-se consideravelmente mais populares durante os últimos meses.

Para um leigo, isso tudo pode soar complexo, mas na verdade é muito simples. Qualquer pessoa pode tornar sua casa conectada sem depender de um técnico e ainda usufruir de uma série de benefícios, que vão da economia de tempo e dinheiro à segurança e bem-estar. Por exemplo, para quem trabalha remotamente é possível ter o controle da rotina dos ambientes, eletrodomésticos e cuidar da família com auxílio de alguns dispositivos baseados em IoT. Câmeras podem ser usadas como babás eletrônicas para acompanhar as atividades de um idoso ou pessoa com necessidades especiais ou mesmo para interagir com o pet.

Plugs inteligentes podem ajudar na programação da cozinha ao ligar uma cafeteira em determinado horário, pré-aquecer o forno elétrico ou auxiliar os pais no controle da rotina dos filhos com a configuração de horários para utilização de TVs ou videogames. Vídeo porteiros inteligentes, solução recentemente lançada pela Positivo Casa Inteligente, permitem identificar quem bate à porta ao transmitirem imagens em HD diretamente para o celular. Lâmpadas inteligentes podem ser programadas para começar o dia com um forte e terminar em menor intensidade para ajudar no relaxamento.

Já para pequenas e médias empresas, mesmo aquelas que seguem com os funcionários em home office, há uma série de vantagens. O uso de alarmes inteligentes, sensores e câmeras dão mais segurança enquanto plugs inteligentes podem manter equipamentos ligados de dia e desligados à noite. Dessa forma, além de redução no gasto de energia elétrica, oferecem segurança e conectividade mesmo à distância.

Há uma forte tendência de crescimento do consumo de dispositivos conectados e isso deve acelerar o mercado e a indústria nos próximos anos, ganhando ainda mais relevância com o lançamento de soluções e com usuários cada vez mais receptivos e engajados. Segundo dados do Statista, o segmento de IoT deve faturar até 2022 cerca de U$ 53 bilhões no mundo. Só os itens de segurança devem representar U$ 31 bilhões em 2023, quando os dispositivos inteligentes relacionados ao entretenimento chegarão a quase U$17 bilhões.

Dados da mesma consultoria indicam que 71% dos consumidores ao redor do globo já consideram o uso dessa tecnologia como ferramenta para facilitar rotinas domésticas. Tendência, aliás, que favorece as ondas de “inteligentização”. A primeira onda está relacionada com objetos conectados para casas a fim de simplificar o dia a dia. Já a segunda onda, a partir de maior familiaridade com a tecnologia, induz a migração do uso de objetos conectados para ecossistemas de casa inteligente. Nesse sentido, os dispositivos se comunicam entre si e possibilitam uma experiência única, potencializada por comando de voz e multiconfiguração que fazem ambientes distintos convergirem por meio de instrução única. No Brasil, esse estágio de passagem é incipiente, é verdade, mas está em progresso.

Com consumidores mais digitalizados, conectados e sensíveis a questões como segurança e economia domiciliar, os benefícios de uma casa inteligente ficam evidentes. Dispositivos inteligentes passam de bens de consumo de luxo para componentes essenciais em uma casa eficiente e segura. São percebidos também como suporte à família no intuito de aprimorar o controle do orçamento e do cuidado dos entes queridos. “Smartizar” é uma vantagem no bolso, na rotina e nas relações. É, certamente, o futuro no presente.

*José Ricardo Tobias é head da Positivo Casa Inteligente, plataforma com soluções baseadas em Internet das Coisas da Positivo Tecnologia.

 


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